Equipamento voltado à prevenção da violência, à redução da criminalidade e à promoção da cultura da paz funcionará no bairro de Pirajá
Redação Mais – A Prefeitura de Salvador iniciou, nesta sexta-feira (19), as obras do primeiro Centro Comunitário pela Vida (Convive) do Brasil, equipamento voltado à prevenção da violência, à redução da criminalidade e à promoção da cultura da paz. O complexo será implantado na Rua do Paquistão, ao lado da estação de metrô e do terminal rodoviário de Pirajá, reunindo uma estrutura integrada de serviços de educação e tecnologia, esportes e lazer, saúde e bem-estar, cultura, qualificação profissional, geração de renda, proteção de direitos, cidadania e assistência social.
Entre as instalações previstas estão uma piscina semiolímpica, quadra poliesportiva coberta, campo de futebol society, consultórios médico, odontológico e psicológico, auditório, biblioteca, salas multiuso para qualificação profissional e para aulas de dança, de judô, jiu-jitsu, além de laboratório de informática, unidade do Cras e parque infantil. As obras terão investimento de R$ 10,3 milhões e contam com recursos do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Durante a assinatura da ordem de serviço para a construção, o prefeito Bruno Reis destacou que a capital baiana foi uma das 30 cidades do país a ser selecionada para implantação do Convive, além de ser a primeira a dar início ao projeto. Diversas autoridades participaram do ato, entre elas o secretário de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) do Estado, Felipe Freitas.
“Mais uma vez, Salvador mostra sua capacidade de gestão e é a primeira cidade do Brasil a iniciar a obra. Daqui a 12 meses, estaremos de volta para inaugurar esse equipamento que será importantíssimo. Com ele, a Prefeitura, em parceria com governos federal e do estado, dará sua contribuição no enfrentamento à violência, porque aqui vai proporcionar à juventude oportunidades, seja no esporte, na cultura ou na formação profissional”, afirmou Bruno Reis.
A região de Pirajá foi escolhida com base em critérios técnicos, levando em conta o perfil socioeconômico do território. O Convive terá área total de 10 mil metros quadrados e deve atender prioritariamente moradores em situação de vulnerabilidade e risco social de bairros como Mata Escura, Jardim Santo Inácio, Calabetão, Marechal Rondon, Campinas de Pirajá, São Caetano, Pirajá, Valéria, entre outros, que somam mais de 490 mil habitantes.
O secretário de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), Júnior Magalhães, explicou que a criação da estrutura é inspirada em experiências de combate à violência e à criminalidade, com pioneirismo em Medellín, na Colômbia. Modelos similares também já vinha sendo replicados no Brasil, a exemplo do Recife (PE), através de um projeto chamado Compaz, e no Pará, chamado Usina da Paz.
“Trata-se de um investimento que vai muito além da infraestrutura física. É um espaço pensado para prevenir a violência, fortalecer vínculos comunitários e ampliar oportunidades, integrando políticas sociais, esportivas, educacionais e de cidadania. É um equipamento integrado que entende que o combate à violência não é somente polícia, mas em oportunizar à população novos acessos a políticas públicas. Habilitamos esse projeto junto ao governo federal, pois o município está com todas as suas finanças organizadas e conseguimos ser selecionados entre 30 cidades do Brasil”, afirmou.
Estudante e moradora de Pirajá, Ana Paula Borges, de 19 anos, aprovou o projeto do futuro complexo multifuncional. “É uma ideia muito boa para o bairro. Espaços para incentivar o esporte, cursos e atividades para as crianças nunca são demais. Não apenas aqui, mas acredito que Salvador, em geral, ganhará bastante”.
Para o aposentado Carlos Alberto Silva Santos, 67, a construção do centro vai fazer diferença no dia a dia. “Ter atendimento social, além de áreas de lazer, tudo no mesmo lugar, facilita a vida da população e contribui para melhorar a realidade da comunidade. A violência, infelizmente, está demais e investir em esporte e lazer ajuda muito a combater esse mal”, avaliou.
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