Documentário tem agradado a todos que já o assistiram, pela qualidade das imagens, relevância das participações na dramaturgia e na cinematografia, como pelos depoimentos obtidos
Por Albenísio Fonseca – Enquanto celebridades do teatro baiano “rasgam” elogios ao ator Wilson Mello e festejam o documentário sobre a trajetória dele, 15 anos após sua morte, o cineasta Walter Lima, produtor do filme – “Minha Cuba, Minha Máxima Cuba” dirigido por Julio Goes – trouxe uma revelação impactante.
“O extraordinário documentário de Júlio Góes foi vetado pela Secult- Secretaria de Cultura da Bahia, nos editais das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc. Neste último o filme ficou selecionado na 47ª suplência”.
— A conclusão das filmagens, dos trabalhos de pesquisa e toda a demanda de pós-produção da obra e sua distribuição, somente foram possíveis, porque decidimos por bancar o filme”, contou deixando a todos estupefatos.
Sim, a revelação transborda grave denúncia sobre o desconhecimento dos valores e personagens baianos pela banca selecionadora dos filmes, nos dois editais. E, sobretudo, evidentemente, pelo titular da Secult, Bruno Monteiro, quanto à relevância de Wilson Mello, o mais irreverente dos atores baianos, o homenageado, e quanto à iniciativa do produtor cultural Júlio Góes.
Sim, “Minha Cuba, Minha Máxima Cuba” segue em cartaz em sua segunda semana (de 27/11 a 03/12), agora no Circuito Saladearte CineMAM!
O documentário tem agradado a todos que já o assistiram, pela qualidade das imagens, relevância das participações na dramaturgia e na cinematografia, como pelos depoimentos obtidos.
Já o Bruno Monteiro, atual secretário de Cultura, para quem não sabe, é um ex-assessor do controverso ex-governador e senador Jaques Wagner, importado do Rio Grande do Sul, como se diria de um “alienígena”, e erigido à condição de secretário de Estado na pasta da Cultura desse, então, “lugar qualquer” chamado Bahia.
Recentemente, o “secretário” foi alvo de um manifesto e outras manifestações de artistas, produtores e técnicos em repúdio à presença dele à frente da cena cultural baiana.

Sim, sob uma terceira gestão de personagem petista, o dito professor Jerônimo Rodrigues, a exibir-se no triunvirato dos governantes incultos, faz “ouvido de mercador” às queixas das categorias da Cultura. Prefere converter seu secretário de meia-tijela em “Cidadão” que a luta dos artistas, cineastas e produtores baianos de verdade.
Recentemente, também, o governador chancelava em rede social, seu respaldo ao secretário indicado pelo antecessor do antecessor, ao ser comunicado por este de que todos os 417 municípios baianos teriam sido contemplados com recursos para a área da Cultura.
Escamoteavam, nesse caso, ao arrepio do bom entendimento, a informação de que a Secult-Ba é uma instância governamental sem orçamento definido e que tamanha iniciativa somente se mostraria possível em tal gestão – a de pingar verba nos municípios – graças aos benevolentes montantes oriundos das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, de âmbito federal, por falta de projetos próprios, diga-se.
Ora bolas, “o produtor Walter Lima que meta a mão no bolso e viabilize suas articulações para garantir a homenagem a Mellão”, diriam na Secretaria da Incultura à moda da casa.
O governante e seus correligionários têm feito da Cultura um organismo inanimado, sem centavo quebrado sequer, mesmo quando providencia o resgate de equipamentos da mais alta significância para a gente baiana, a perder a mão, ô tchê! Ou tchau!
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