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De Lévy-Strauss a Lula; de Neguinho do samba-reggae a Verequete, Rei do Carimbó

O Samba-reggae ecoa infinito
O Carimbó nunca morre

Por Albenísio Fonseca Tristes Trópicos. Tambores. Homenagem justa ao mestre Neguinho do Samba Reggae. O lugar do tambor – o repique da invenção. Saído das danças do Ilê Ayiê e do Muzenza. Data da morte de Neguinho, 31 de outubro é Dia Municipal do Samba-reggae, ainda que ausente no calendário de eventos da cidade.

Um corte epistemológico, diria Lévy-Strauss no repique de um Curuzu antropológico a atravessar o Pelô, com o Olodum. Ritmo atávico, o samba-reggae ecoa infinito.

Um dia antes da morte de Lévi-Strauss, há 16 anos, em 30 de outubro morria em Belém do Pará, aos 93 anos, o Mestre Verequete, Rei do Carimbó, um nome igualmente importante para a Amazônia e para a cultura brasileira. Mas o Carimbó nunca morre.

Criado no século XVII por negros africanos do nordeste do Pará e com influências indígena e européia, o Carimbó – patrimônio cultural nacional desde 11 de novembro de 2015 – é uma das mais tradicionais expressões culturais daquele estado e da região amazônica. A data municipal comemorativa, em Belém, é 26 de agosto.

Claude Lévi-Strauss foi um antropólogo, professor e filósofo francês, embora tenha nascido na Bélgica. É considerado o fundador da antropologia estruturalista, em meados da década de 1950, e um dos grandes intelectuais do século XX.

Lévi-Strauss recorreria à melodia da Tristesse, de Chopin, e à música de Debussy como metáforas para o “diálogo” entre a viagem que empreende pelo Brasil e a tradição musical européia na qual foi criado. Ele ressaltaria que o conhecimento da mentalidade de uma cultura alheia passa, necessariamente, por uma aproximação com a sua própria “estrutura” cultural.

No Brasil, os índios Nambikuaara odiavam o mal humor do antropólogo: “Se ele aparecer por aqui de novo, vamos matá-lo!”

Ícone da cultura popular paraense, mestre Vereguete recebeu, em 2006, das mãos do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o título de Comendador da Ordem do Mérito Cultural, concedido pelo Ministério da Cultura.

Longe do Pelô, onde vamos Pará?
Paranauê Paraná! Paranauê!

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Albenísio Fonseca é Jornalista, poeta e compositor. Escreve sobre cultura, política e urbanidades, sob o signo da contemporaneidade.

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