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Presidente da ALB, Aleilton Fonseca, fala sobre ações para uma Bahia Literária

O atual presidente da Academia de Letras da Bahia, Aleilton Fonseca e membro de redes como a Rede de Integração Cooperativa das Academias (Rica), fala à jornalista Liliana Peixinho* sobre o papel das Redes de Articulação e Mobilização no apoio às Academias de Letras da Bahia, em ações como feiras literárias e o fortalecimento da imagem das instituições.

Liliana Peixinho – Como presidente da ALB – Academia de Letras da Bahia, membro da rede Rica, Elba e parceiro da Fundação Pedro Calmon (FPC), qual a contribuição de eventos como o Colóquio Estadual das Academias e de Letras da Bahia, iniciado em outubro de 2023 ?

Aleilton Fonseca – O I Colóquio das Academias foi um momento de encontro, troca de ideias e experiências e reflexão acerca das ações e das potencialidades das agremiações literárias para a promoção de atividades literárias em seus territórios, e a publicação de suas revistas. As Academias podem ser excelentes parceiras na execução de políticas públicas de difusão do livro, promoção da literatura baiana e formação de leitores.

LP – Dentro da proposta da FPC, de conexão entre agentes culturais e valorização da identidade territorial, e como representante da Academia de Letras da Bahia, como observa as grades de programação das Feiras Literárias dos municípios baianos?

AF – As programações demonstram uma crescente participação das expressões culturais do respectivo território, através de temas, questões, representantes de segmentos locais e, sobretudo, com a maior participação dos artistas, escritores e o público leitor local.

LP – Com seleção em edital da Fundação Pedro Calmon e estruturas do governo, como observa iniciativas das Academias para mapear e conectar agentes, instituições e ações nas áreas do livro, leitura, bibliotecas, arquivos e memórias nos territórios culturais da Bahia?

AF – As Academias estão se envolvendo cada vez mais nestas atividades, sobretudo concorrendo nos editais de feiras literárias, e incentivando seus membros a se atualizar e participar.

LP – Que propostas, iniciativas, projetos a ALB, a Rica e Elba (Espaço de Interlocução e diálogos com as Academias) apresentam para a construção de políticas públicas mais eficazes, descentralizadas e conectadas com os territórios,
expressões culturais do território, através de temas, questões, representações de segmentos locais e, sobretudo, com a maior participação dos artistas, escritores e o público leitor local?

AF – As políticas culturais podem ser ampliadas com mais apoio às bibliotecas, criando atividades de leitura, sobretudo ampliando e atualizando os acervos de literatura baiana e a apoio à criação de clubes de leitura.

LP – A ALB, Rica/Elba e FPC têm ações de mapeamento, identificação e valorização de acervos e histórias locais?

AF – Sim, pesquisas e levantamentos vêm sendo feitos, arcevos vêm sendo constituídos, organizados, restaurados, de modo a preservar a memória e conservar os documentos e o patrimônio. Há muito a se fazer nessa área de ação.

LP – Que projetos a ALB /Rica/Elba/FPC desenvolvem, ou planejam desenvolver, para o fortalecimento da gestão documental memorial das academias no interior do estado?

AF – Estão sendo feitos alguns projetos de restauração de ambientes culturais, assim como a organização se documentos de acervos, o que é urgente ampliar para proteger a memória e os arquivos.

LP – Que Academias tem se destacado para cumprir os objetivos do programa “Bahia Literária” ?

AF – A Academia de Letras da Bahia desenvolve um projeto de restauro do seu ambiente e também um projeto de catalogação de documentos do acervo, além da ampliação e conservação do acervo bibliográfico.

LP – Que informações dispõem sobre municípios baianos que se destacam no cumprimento dos objetivos do Programa do Governo do Estado para fortalecer a Cultura e Educação através do valor da leitura, da escrita e da cadeia produtiva do livro ?

AF – Há um esforço nessa direção, mas não tenho informações mais gerais. Mas, posso citar Cachoeira, Lençóis, Ilhéus, Feira de Santana, Salvador, como cidades em que Fundações culturais e/ou universidades demonstram atenção a essas questões da preservação da memória, promoção do livro etc.

LP – Que caminhos as Academias devem trilhar para democratizar o acesso à leitura; estimular a economia criativa e valorizar a identidade cultural de cada território?

AF – As Academias podem buscar parcerias com órgãos governamentais para implementar projetos na sua área de interesse, ou seja, a literatura, as artes, o pensamento, atuando na formação de acervos, na pesquisa local, na formação de públicos e de leitores, agindo na sociedade civil, nas escolas, nos territórios, como um parceiro importante.

LP – Um breve perfil

AF – Nasci em Firmino Alves-Bahia, ano de 1959. Cresci em Ilhéus e resido em Salvador. Escrevo ficção, poesia e ensaios. Fui coeditor de Iararana – Revista de arte, crítica e literatura (Salvador, 1998-2007). Doutor em Letras (USP). Professor pleno aposentado da Universidade Estadual de Feira de Santana. Publiquei cerca de 40 livros, sendo os mais recentes: O desterro dos mortos (contos), A terra em pandemia_(poema), Sonhos de viver (contos) e O sorriso da estrela (conto, ilustrado). Pertenço à Academia de Letras de Ilhéus, à Academia de Letras de Itabuna e à Academia de Letras da Bahia, sendo seu atual presidente.

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Liliana Peixinho *
Jornalista, ativista humanitária. Especialização em Jornalismo Científico, Cultura e Meio Ambiente. Escreve sobre o papel das Academias de Letras e desafios sobre o valor cultural da leitura e interpretação.

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