Presidente da Casa do Brasil em Lisboa defendeu tese polêmica em programa da CNN Portugal
Por Wagner Ferreira – Durante um debate acalorado no programa Arena CNN de Portugal, a cientista política e presidente da Casa do Brasil em Lisboa, Ana Paula Costa, afirmou a jornalistas portugueses que a independência do Brasil se consolidou após o êxito das tropas brasileiras sobre a resistência portuguesa na Bahia em 1823, um ano depois do grito de independência às margens do Rio Ypiranga.
Ana Paula ainda defendeu a tese que o Brasil não foi descoberto por Portugal em 1500, mas invadido e explorado.
A exploração de fato aconteceu, mas a afirmação de invasão não é consenso, nem no Brasil muito menos em Portugal.
Os povos indígenas que nestas terras habitavam sequer sabiam que estavam no que viria a se chamar Brasil. Muito menos havia o entendimento entre as diversas tribos, que faziam parte de um só povo, unificado por uma única língua, princípio basilar para que um território seja uma nação.
Portanto, o que aprendemos nas escolas sobre o descobrimento feito por Pedro Álvares Cabral segue válida. Fomos sim descobertos e, posteriormente, explorados como colônia.
Caso os portugueses não tivessem aqui chegado, em qual escala de evolução estaria o nosso povo, hoje? Ainda primitivo, sem conhecer a pólvora, caçando de arco e flecha? Após mais de 500 anos, vamos acreditar que não. Mas se já somos um país em eterno desenvolvimento, talvez nossos avanços fossem ainda mais lentos sem a chegada dos lusitanos, sobretudo com a vinda da Família Real, em 1807, que trouxe consigo avanços, das artes à ciência.
Ainda que os nossos índios aqui já estivessem, reconheçamos que eles estavam em uma escala evolutiva inferior aos europeus, que já dispunham da tecnologia das grandes navegações, por exemplo, que possibilitou a sua chegada à América no Século XVI.
Sendo assim, fomos por eles colonizados e tivermos a nossa mão de obra explorada, vieram as batalhas por independência e hoje, somos uma nação soberana, formada por índios, negros e também portugueses.
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