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Temporada de observação de baleias em Salvador é aberta pela Prefeitura e Instituto Baleia Jubarte

Passagem das baleias pela Baía de Todos-os-Santos, a segunda maior baía navegável do mundo, acontece de julho a outubro

(Foto: Otávio Santos/Secom PMS)

Redação Mais – O lançamento da temporada de observação de baleias 2025 em Salvador foi promovido pela Prefeitura e o Instituto Baleia Jubarte nesta terça-feira (15), na na sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), no Comércio. Embora o ato marque oficialmente o período para visualização dos animais, 27 espécimes foram avistados em único dia, na última segunda-feira (14), do posto de observação localizado no Farol da Barra.

A passagem das baleias pela Baía de Todos-os-Santos, a segunda maior baía navegável do mundo, acontece de julho a outubro. De acordo com a projeção do Baleia Jubarte, organização que monitora a população dos animais no Brasil há mais de 30 anos, a expectativa é de que aproximadamente 35 mil cetáceos apareçam nos mares brasileiros neste ano. Em 2024, 1.012 mil avistamentos foram registrados, superando os 843 animais que passaram pela costa soteropolitana em 2023.

A abertura da temporada de observação dos animais é considerada pela vice-prefeita e titular da Secult, Ana Paula Matos, como importante momento econômico para a capital baiana. “Há turistas internacionais que vêm observar baleias em Salvador – nos últimos dias, recebemos um grupo de 40 deles. Essa visita possibilita intercâmbio de conhecimento, ocupação de hotéis, utilização dos nossos pacotes turísticos, movimentação de uma economia que pulsa”, detalhou a titular da pasta.

(Foto: Otávio Santos/Secom PMS)

Ana Paula fez questão ainda de destacar as potencialidades da capital baiana. “É linda desde a sua composição geológica, dividida entre as cidades Alta e Baixa, tem a segunda maior baía do mundo e 64 quilômetros de costa de orla. Uma história maravilhosa, povo amoroso, e somos patrimônio cultural da humanidade. Temos tudo, inclusive um turismo náutico potente que melhora nossa economia, amplia a receita da nossa capital, através de algumas estratégias que temos desenvolvido”, pontuou.

Fortalecimento do turismo – Presente no evento, a titular da Secretaria do Mar (Semar), Maria Eduarda Lomanto, aposta no crescimento do número de visualizações de baleias nessa temporada. “Mais um ano de parceria com o projeto Baleia Jubarte, uma iniciativa respeitada mundialmente. Nossa expectativa é que venham mais animais e possamos fortalecer ainda mais nosso turismo náutico. Temos trabalhado para oferecer uma experiência turística única. Já oferecemos em Salvador vivências na parte cultural, arquitetônica, no turismo religioso, e agora estamos fortalecendo nosso turismo ambiental”, considera.

Dentre as ações de fomento ao turismo náutico realizadas pela Semar, a titular da pasta destacou a Oficina de Boas Práticas e Turismo de Observação de Baleias e outros Cetáceos promovida no último dia 9. “Foi um curso para os profissionais que conhecem o ecossistema, que abordou temas fundamentais para a preservação e o turismo responsável com cetáceos”, relembrou. Além da capacitação, Maria Eduarda reforçou a distribuição de cartilhas sobre o turismo de observação de baleias que tem sido realizada nas marinas da cidade.

O diretor de Turismo de Salvador, Gegê Magalhães, chamou a atenção para a riqueza da Baía de Todos-os-Santos. “É o segundo maior ecossistema marítimo do mundo. E as baleias escolhem a nossa Baía de Todos-os-Santos para o acasalamento e a gestação. Então, além dessa beleza toda que temos, há um aconchego de a gente receber as baleias. Isso é muito importante para o nosso turismo sustentável”, pontuou.

(Foto: Otávio Santos/Secom PMS)

Ações transversalizadas – Com relação às ações de incentivo ao turismo de observação, Magalhães destaca a política pública interligada que envolve as secretarias de Turismo (Secult), do Mar (Semar), de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal (Secis) e Educação (Smed). “Temos feito estudos através do Parque Marinho, trabalhando em toda a parte de preservação. Além disso, temos uma importante parceria com o Projeto Jubarte, levando ensinamentos para as crianças do ensino fundamental. Promovemos visitas, trazemos as crianças das nossas escolas para conhecer o projeto, conhecer a importância da preservação. Se eles são sensibilizados na infância e adolescência, vão se tornar adultos responsáveis. Então, a gestão pública olha sensivelmente todo processo, que vai desde a sensibilização, passando pelas pesquisas científicas até o fomento do turismo. Então, realmente é um olhar de desenvolvimento econômico e sustentável”, assinalou.

O titular da Secis, Ivan Euler, comentou sobre a grandiosidade do animal para o ecossistema mundial. “As baleias são os maiores mamíferos aquáticos do planeta. É uma dádiva Salvador ser a capital da Amazônia Azul e ter as baleias aqui nesse período”, comentou. Ao abordar o viés da sustentabilidade ambiental, o gestor destacou o papel fundamental dos cetáceos para o meio ambiente. “Podemos dizer que são os grandes pulmões do planeta. Elas captam gás carbônico ao longo da sua vida e depois quando morrem levam o gás para o fundo do mar”, relatou.

Um dos integrantes da mesa de debates, Enrico Marcovaldi, vice-presidente e cofundador do Projeto Baleia Jubarte, ressaltou a importância de iniciativas que preservem o ambiente marinho, e consequentemente, possibilitem o aumento do número de baleias visitantes. “A tendência é sempre termos um número maior de animais, se compararmos ao ano anterior. Estamos acompanhando mais de 35 mil jubartes que percorrem o litoral do Brasil, e Salvador é uma das regiões que têm esse privilégio de recebê-las em suas águas”, avaliou.

Segundo ele, as ações de fomento ao turismo de observação ajudam bastante para preservação do espécime. “Com agregação do valor econômico das baleias, reduzimos o risco do retorno à caça. É importante lembrar que esse crescimento das baleias em nossa costa se deve muito à proibição da caça, entre 1986 e 1987. E desde aquela época que elas, vindas da Antártica, buscam nossas águas como áreas de reprodução, por serem mais quentes e rasas, ideais para o acasalamento e o nascimento dos filhotes”, explicou Marcovaldi.

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